A
imigração alemã no Brasil foi o movimento migratório ocorrido nos
séculos XIX e
XX de
alemães para várias regiões do
Brasil. As causas deste processo podem ser encontradas nos freqüentes problemas sociais que ocorriam na
Europa e a fartura de terras no Brasil. Atualmente, estima-se que 5 milhões de brasileiros têm ao menos um antepassado alemão.
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Um teuto-brasileiro ou germano-brasileiro (em alemão: Deutschbrasilianer) é um brasileiro que tem pelo menos um ascendenteetnicamente alemão, podendo ou não ter uma forte afinidade cultural com povos tradicionalmente considerados germânicos, ou seja,alemães, austríacos, suíços (dos cantões germânicos), ou originários das partes germânicas tanto da República Checa como da Rússia9(veja o artigo "Alemães do Volga"), Alto Adige/Südtirol (Italia), Alsácia-Lorena (França), etc. sendo que classificar qualquer pessoa como germano-brasileira permaneceu sempre uma questão de parâmetros flexiveis. Também são consideradas teuto-brasileiras as pessoas nascidas nos países germânicos mas radicadas permanente ou temporariamente no Brasil, especialmente pessoas que gozaram ou que ainda hoje usufruem certa notoriedade.
A história de meu avô, imigrante alemão,nascido em Ostrow, em 1897, começo dizendo que ele veio ao Brasil com apenas 27 anos e, com a família composta da esposa Rosália , as filhas Trautel e Hedwiges (minha mãe) .
Não me detalhando por todas as situações que vivenciou aqui, vou direto ao lugar em que ele pode se radicar: a antiga Caçador , à beira do rio Ijuí, e que pertencia à Vila Serro Azul (hoje Cerro Largo)
Seu José Psiuk, o Vovô Juca , como ficou conhecido, tinha por profissão ser Padeiro, e por isso ficou pouco tempo morando na "colônia", porque adquiriu um lote do Sr. Mathim Halmenschlager de esquina para a praça (foto abaixo). e ali construiu e montou seu Armazém de Secos e Molhados, que depois se transformou em Padaria, Restaurante e Churrascaria Nesse meio tempo, progrediu e contruiu ele próprio também prédio novo ,dividiu as firmas e quando já não mais vivia, em sua homenagem, o mano Paulo Rauber, seu neto , deu o nome da empresa da esquina(onde iniciou) , de Padaria Juca.

Nesta foto ao lado, está o casal com os filhos que nasceram ,ainda na colonia da Caçador : a maior , minha mãe Hedwiges,tia Rita(D), tia Lúcia (E) e tio Bernardo. Tia Therezinha nasceu já na casa e padaria, na Vila .

Por ser empreendedor, homem de tino comercial, fez muitos fregueses ( municipais, inter-municipais e inter-estaduais e da Argentina, principalmente) e tornou seu comércio um ponto de referência dos mais variados produtos de qualidade .Vendia pães , cucas, bolachas,biscoitos, doces , tortas, todas confeccionadas pela família e seu grupo de empregados, que ele mesmo capacitou. Ainda vendia mercadorias variadas,que trazia de Porto alegre ,Argentina, cidades vizinhas de Cerro Largo, e eram :bacalhau norueguês e azeites de oliva extra virgem, copas e salames italiano, maçãs argentinas, balas Soberana (Ijuí), Guaraná Kraemer (Santo Ângelo) enlatados em geral, e muitas outras coisas mais.
Foi ele que trouxe o 1º sorvete feito à mão, cozido e tocado à manivela em muita água , sal grosso e gelo. O picolé do seu Juca , de framboesa , não tinha criança ou adulto que não o apreciasse. Eu tenho muita saudade dessas delícias , e só em lembrar, dá água na boca.
Parodiando, poderia dizer que ninguém que chegasse em Cerro Largo e não fosse na Padaria e Churrascaria Central, era como ir à Roma e não ver o Papa...
Poderia contar muito mais coisas de meus avós maternos , José e Rosália, mas fico por aqui em minha homenagem pelo seu dia.
Obrigada meus avós, pela linda família que constituíram.