Cães abandonados se encontram muitos nas praias.
Uns porque seus donos os perderam; outros porque foram abandonados mesmo.
Este cão, nem mesmo sei seu nome, mas o vejo frequentemente na praia, caminhando pela areia, sem dono, às vezes tomando um banho de mar na tardinha, comendo de latas de lixo, e quando vou bem cedo, o vejo dormindo em cima de uma duna.
Nesse dia , estava com a máquina fotográfica e não resistindo, o cliquei.
Infelizmente um pouco de longe, não dá prá ver o detalhe de sua postura, se abraçando com as patas dianteiras, dormindo a sono solto, como a se proteger, ou como símbolo de uma liberdade que só os cães sem dono tem.
Fiz a foto rapidamente e em silêncio , para não tirá-lo dos braços de Morfeu, e me perguntei: Será que no mundo cão , existe também um Morfeu, Deus do Sono?E será que os cães abandonados são protegidos por ele quando dormem?
Vãs filosofias...
Ih...
ResponderExcluirSinto muito amiga, mas se esse deus do sono existe, não zela pelos cães. O acaso escolhe se quem vai se aproximar tem uma câmera fotográfica nas mãos, ou paus, ou gasolina...
ResponderExcluirEsses seres sencientes, domesticados há milênios,conhecem como ninguém o sofrimento, por mais romântica que seja a nossa visão sobre a liberdade. Todos os dias dezenas são recolhidos, torturados por pessoas q se divertem com isso, tomados por doenças causadas pela fome e pelo abandono, atropelados, envenenados - ou então, agonizam e morrem sozinhos, sem nunca conhecer a compaixão humana.
O cão é um animal social, como nós, e ficar sozinho está longe de ser uma vida boa. Qualquer desses vira-latas trocaria de vida espontaneamente para seguir um humano que lhe desse essa chance. Por outro lado, uma vida em bando é impossível (não seriam toleradas matilhas em lugar nenhum do mundo).
Esses animais, abandonados a própria sorte nas praias, durante o verão conseguem algumas migalhas nas lixeiras ou alimento dado por pessoas que se compadecem, mas no inverno o terror recomeça e poucos sobrevivem.
É a triste sina dos abandonados e excluídos que sofrem e morrem tanto pela indiferença das pessoas boas como pelas mãos das cruéis.