quarta-feira, 14 de agosto de 2013

MÃE NAHIR E SUA PROFISSÃO

Hoje acordei serena. Abri meu blog, e li o comentário de uma nova seguidora , que me estimulou a postar aqui. Obrigada minha mais nova seguidora Lúcia.
Pensando ainda bastante sôbre  minha mãe Nahir, resolvi fazer nova homenagem à ela, postando este soneto maravilhoso, que retrata bem , quem foi ela, em nossas vidas.´
Adotou a costura por profissão,  aprendendo em alfaiataria  os primeiros passos. Em seguida, casando com nosso pai , viúvo, passou a costurar em nossa casa também.
Assim, moldando  vidas e também realizando sonhos de quem se tornou sua cliente, atendendo com seriedade e competência  qualquer pedido, NAHIR,  a costureira, levou a vida.
Poderia alinhavar, moldar, costurar muitas palavras elogiosas à ela, mas neste soneto, postado por minha irmã Denise, no Facebook, que postei aqui, penso estar a descrição completa , e a minha homenagem à quem tanto nos ensinou por amor.

    ALTA COSTURA
(Autor desconhecido).
Este é para todas as mães costureiras da vida.

No tecido da história familiar,
as mãos de minha mãe reforçaram as costuras
para nos proteger
de qualquer empurrão da vida......

As mãos de minha mãe uniram um alinhavo
às partes do molde, sem esquecer que
cada uma é diferente da outra
e que juntas formam um todo
como a família....

As mãos de minha mãe fizeram bainhas,
para que pudessem crescer, e não
ficassem curtos os ideais...

As mãos de minha mãe remendaram
os estragos, para voltarmos a usar
o coração sem fiapos
do ressentimento...

As mãos de minha mãe juntaram retalhos
para que tivéssemos uma manta
única para nos cobrir...

As mãos de minha mãe pregaram botões e presilhas
para que não perdêssemos a esperança...

As mãos de minha mãe aplicaram elásticos,
para podermos nos adaptar folgadamente
às mudanças exigidas pelos anos...

As mãos de minha mãe bordaram maravilhas
para que a vida nos surpreendesse com suas
dádivas de beleza.

As mãos de minha mãe coseram bolsos
para neles guardar
moedas valiosas
das melhores recordações
e da minha identidade.

As mãos de minha mãe, quando estavam quietas
zelavam os meus sonhos para que alimentassem
os meus ideais com o pó
de suas estrelas

As mãos de minha mãe seguraram-me
com linhas mágicas, quando entrava na vida
para começar a vesti-la

As mãos de minha mãe nunca abandonaram
o seu trabalho
e sei muito bem que hoje, onde estiverem,
zelam por mim
como se estivessem comigo.

obrigada por tudo.

7 comentários:

  1. Oi Lia
    Linda homenagem a sua mãe, fiquei arrepiada
    Faça uma visitinha no Lua Singular
    Obrigada pela visita
    Mundos Inocentes

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  2. Oi Lia,sua história é semelhante a minha.
    Minha mãezinha já se foi,mas tinha mãos de fada,
    fazia os vestidos para mim e minha irmã,todo com casinhas de abelhas,lindos de viver.E seus bordados,eram feitos com uma suavidade impecável.Viveu a vida muito feliz e com o que mais gostava;costurar e bordar.Tenho muitas e muitas saudades desses tempos que já não voltam mais.

    bjs amiga
    Carmen Lúcia-mamymilu.blogspot.com

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  3. Lia querida, poucas pessoas tem o privilégio de ter tido uma mãe Nahir. Naturalmente ela foi um anjo na vida de vocês. Agradeça a Deus pela companhia dessa pessoa encantadora.

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  4. Sei bem o que estás sentindo, não faz muito perdi a minha mãe, também. Quem sabe elas não se encontram na outra dimensão e se tornam amigas como nós, não é? Para te distraíres um pouco vou te mandar um exercício
    é uma TAG(questionário), é um convite, se não puderes responder, não tem problema algum. O endereço é http://mattiva.blogspot.com.br/2013/08/tag-se-eu-fosse.html, acessa, copia, cola, substitui as minhas respostas pelas tuas e publica no teu blog. Depois escolhe cinco blogs entre os teus seguidores e convida-os para responderem também.
    Abraço!
    Sonia

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Inês Maria Rauber Schneider, em nome da minha família, venho por meio desta mensagem expor todo nosso sentimento pela nossa perda recente, Tia Nahir...Uma tia admirável, carinhosa, receptiva...meiga, feliz e sempre de bom humor.
    Deixa saudades...mas um dia vamos nos encontrar com ela...
    Descanse em PAZ.
    Abraço carinhoso...Bjs

    Inês e família

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