quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

CÃES ABANDONADOS


Cães abandonados se encontram muitos nas praias.
Uns porque seus donos os perderam; outros porque foram abandonados mesmo.
Este cão, nem mesmo sei seu nome, mas o vejo frequentemente na praia, caminhando pela areia, sem dono, às vezes tomando um banho de mar na tardinha, comendo de latas de lixo, e quando vou bem cedo, o vejo dormindo em cima de uma duna.
Nesse dia , estava com a máquina fotográfica e não resistindo, o cliquei.
Infelizmente um pouco de longe, não dá prá ver o detalhe de sua postura, se abraçando com as patas dianteiras, dormindo a sono solto, como a se proteger, ou como símbolo de uma liberdade que só os cães sem dono tem.
Fiz a foto rapidamente e em silêncio , para não tirá-lo dos braços de Morfeu, e me perguntei: Será que no mundo cão , existe também um Morfeu, Deus do Sono?E será que os cães abandonados são protegidos por ele quando dormem?
Vãs filosofias...

2 comentários:

  1. Sinto muito amiga, mas se esse deus do sono existe, não zela pelos cães. O acaso escolhe se quem vai se aproximar tem uma câmera fotográfica nas mãos, ou paus, ou gasolina...

    Esses seres sencientes, domesticados há milênios,conhecem como ninguém o sofrimento, por mais romântica que seja a nossa visão sobre a liberdade. Todos os dias dezenas são recolhidos, torturados por pessoas q se divertem com isso, tomados por doenças causadas pela fome e pelo abandono, atropelados, envenenados - ou então, agonizam e morrem sozinhos, sem nunca conhecer a compaixão humana.
    O cão é um animal social, como nós, e ficar sozinho está longe de ser uma vida boa. Qualquer desses vira-latas trocaria de vida espontaneamente para seguir um humano que lhe desse essa chance. Por outro lado, uma vida em bando é impossível (não seriam toleradas matilhas em lugar nenhum do mundo).
    Esses animais, abandonados a própria sorte nas praias, durante o verão conseguem algumas migalhas nas lixeiras ou alimento dado por pessoas que se compadecem, mas no inverno o terror recomeça e poucos sobrevivem.

    É a triste sina dos abandonados e excluídos que sofrem e morrem tanto pela indiferença das pessoas boas como pelas mãos das cruéis.

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