Senti vontade de escrever o que me aconteceu na volta da última viagem à minha terra natal.
Sempre que vou para lá, hospedo-me na casa de meus irmãos,
que penso, às vezes, até disputam minha companhia.
Ao voltar para casa ambos me enchem de presentinhos do
tipo que não tenho aqui se não os
comprar, ou seja, frutas, verduras, temperos verdes e chás. E eles os têm, fartamente, em seus pomares e hortas.
Assim, nessa última vinda, vim carregada de limões, laranjas,
moranguinhos, moranga, cenouras, beterrabas, couve,
rúcula, almeirão do tipo "radiche", cebolinha verde, além dos
temperinhos, como sálvia, alecrim, salsa, que minha irmã delicadamente colhe e
condiciona em saquinhos, para que eu os
ponha para secar e, posteriormente, usar em meus pratos favoritos .
Os chás de hortelã, funcho e malva, também, a mana colhe e separa
num pacote de papel, pois sabe que os chás não devem ser guardados
em plástico.
Mas, antes de sair, minha
irmã me devolveu as botas que eu
lhe havia dado, pois temos disso em
família: quando entramos no desapego,
passamos, uma para outra, nossas roupas e ou calçados. Como estas não lhe
serviram bem, ela as devolveu, não, sem antes, ensaca-las e coloca-las próximas de todos os meus objetos.
Venho, então, com o bagageiro cheio das minhas coisas
pessoais, as compras de produtos da
Padaria Juca, de meus primos, os
presentes todos dos manos, e, tão logo chego em casa, descarrego tudo do carro e vou guardando, primeiramente, as coisas de geladeira, e as demais, vou ajeitando
depois.
Senti falta das botas quando queria guarda-las na sapateira
e pensei que as havia esquecido. Não dei muita importância, afinal, eu já me
desfizera delas.
No dia seguinte, quando minha doméstica chegou, como sempre
faz, foi lavar e guardar, em recipientes adequados, todas as verduras e frutas que ganhei.
E aí que aconteceu o inusitado...
Estava ela a retirar todas as sacolas de verduras da
geladeira, onde coloquei de véspera, e, quando chegou na gaveta bem debaixo,
viu que estava atapetada de sacolas, que eu, tivera até dificuldade de guardar,
por serem muitas. Foi selecionando-as, e, eis que palpou uma sacola e
me perguntou: “-Dona Lia, o que a senhora guardou aqui junto e que está
diferente e até pesada esta sacola?”
- As verduras que meus irmãos me deram, respondi.
De pronto, ela abriu a sacola, e qual a surpresa! Lá estavam
elas, as benditas botas que minha irmã tinha
me devolvido...
Hilário e inusitado...
rsssssssssssss...
ResponderExcluirBota inusitado nisso! Adorei! E acontece!! E que bom ter essas coisinhas todas bem fresquinhas nas casas dos irmãos! Vale,né? bjs, chica
Imagina Chica, pelo pesso na hora de colocar a sacola, achei que eram as beterrabas, e não dei bola...Menina, foi hilario...rimos muito.
ExcluirAbraços querida , vou lá espiar teus blogs.
Por vezes, é até engraçado ter certas surpresas, realmente, e entendo esse seu depoimento, no entanto, me parece o que levou-a escrever foi a saudade dos teus e satisfação de tê-los...
ResponderExcluirBeijos e boa semana.
Acertaste na mosca, pois tenho muito carinho e saudade de meus familiares todos. Mas que foi inusitado e hilário minhas botas passarem uma noite na geladeira...ah, isso foi...hehehe. Abraços e obrigada por teu comentário certeiro.
ExcluirIstoeé que chamo de distração .Sou dona de fazer essas coisa .
ResponderExcluirAinda bem que colocaste na gaveta bem embaixo, imagina se as tivesses colocado no congelador, virariam picolés de couro! rsrsrsr
ResponderExcluirBom final de semana!
Abraço
Sonia
Encantadora a "situação" das botas, gosto muito de tudo o que você escreve. Beijos
ResponderExcluirIrmãos unidos, isso é maravilhoso!
ResponderExcluirBeijos!
Há sempre uma história bonita e outra engraçada quando o assunto é família.Encantador episódio para entrar na história.
ResponderExcluirum abraço
Um relato que fala de família e estes mimos, me emociona por conhecer de perto este aconchego quando vou até Minas. Não tenho como carregar tantas coisas.
ResponderExcluirMuito lindo Lia, mas esta das botas foi mesmo cômico.
Mas acontece nas melhores famílias de Boston,kkkkk.
Um abração com muito humor e carinho amiga.
Beijo