sexta-feira, 12 de setembro de 2014

SURPRESAS DA VIDA


Senti vontade de escrever o que me aconteceu na volta da última viagem à minha terra natal.
Sempre que vou para lá, hospedo-me na casa de meus irmãos, que  penso, às  vezes, até disputam minha  companhia.
Ao voltar para casa ambos me enchem de presentinhos do tipo que não tenho aqui se não os comprar, ou seja, frutas, verduras, temperos verdes e chás. E eles os têm, fartamente, em seus pomares e hortas.
Assim, nessa última vinda, vim carregada de limões, laranjas, moranguinhos, moranga, cenouras, beterrabas, couve, rúcula, almeirão do tipo "radiche", cebolinha verde, além dos  temperinhos, como sálvia, alecrim, salsa, que minha irmã delicadamente  colhe  e condiciona  em saquinhos, para que eu os ponha para secar e, posteriormente, usar em meus pratos  favoritos .
Os chás de hortelã, funcho e malva, também, a mana colhe e separa  num pacote  de papel, pois sabe que os chás não devem ser guardados em plástico.
Mas, antes de sair,  minha  irmã me devolveu as botas  que eu lhe  havia dado, pois temos disso em família: quando  entramos no desapego, passamos, uma para outra, nossas roupas e ou calçados. Como estas não lhe serviram bem, ela as devolveu, não, sem antes, ensaca-las e coloca-las próximas de todos os meus objetos.
Venho, então, com o bagageiro cheio das minhas coisas pessoais, as compras de produtos da Padaria  Juca, de meus primos, os presentes todos dos manos, e, tão logo chego em casa, descarrego tudo do carro e  vou guardando, primeiramente, as coisas de geladeira, e as demais, vou ajeitando depois.
Senti falta das botas quando queria guarda-las na sapateira e pensei que as havia esquecido. Não dei muita importância, afinal, eu já me desfizera delas.
No dia seguinte, quando minha doméstica chegou, como sempre faz, foi lavar e guardar, em recipientes adequados, todas as verduras e frutas que ganhei.
E aí que aconteceu o inusitado...
Estava ela a retirar todas as sacolas de verduras da geladeira, onde coloquei de véspera, e, quando chegou na gaveta bem debaixo, viu que estava atapetada de sacolas, que eu, tivera até dificuldade de guardar, por serem muitas. Foi selecionando-as, e, eis que palpou uma sacola e me perguntou: “-Dona Lia, o que a senhora guardou aqui junto e que está diferente e até pesada esta sacola?”
- As verduras que meus irmãos me deram, respondi.
De pronto, ela abriu a sacola, e qual a surpresa! Lá estavam elas, as benditas botas  que minha irmã tinha me devolvido...
Hilário e inusitado...




10 comentários:

  1. rsssssssssssss...

    Bota inusitado nisso! Adorei! E acontece!! E que bom ter essas coisinhas todas bem fresquinhas nas casas dos irmãos! Vale,né? bjs, chica

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    1. Imagina Chica, pelo pesso na hora de colocar a sacola, achei que eram as beterrabas, e não dei bola...Menina, foi hilario...rimos muito.
      Abraços querida , vou lá espiar teus blogs.

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  2. Por vezes, é até engraçado ter certas surpresas, realmente, e entendo esse seu depoimento, no entanto, me parece o que levou-a escrever foi a saudade dos teus e satisfação de tê-los...
    Beijos e boa semana.

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    1. Acertaste na mosca, pois tenho muito carinho e saudade de meus familiares todos. Mas que foi inusitado e hilário minhas botas passarem uma noite na geladeira...ah, isso foi...hehehe. Abraços e obrigada por teu comentário certeiro.

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  3. Istoeé que chamo de distração .Sou dona de fazer essas coisa .

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  4. Ainda bem que colocaste na gaveta bem embaixo, imagina se as tivesses colocado no congelador, virariam picolés de couro! rsrsrsr
    Bom final de semana!
    Abraço
    Sonia

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  5. Encantadora a "situação" das botas, gosto muito de tudo o que você escreve. Beijos

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  6. Irmãos unidos, isso é maravilhoso!
    Beijos!

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  7. Há sempre uma história bonita e outra engraçada quando o assunto é família.Encantador episódio para entrar na história.
    um abraço

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  8. Um relato que fala de família e estes mimos, me emociona por conhecer de perto este aconchego quando vou até Minas. Não tenho como carregar tantas coisas.
    Muito lindo Lia, mas esta das botas foi mesmo cômico.
    Mas acontece nas melhores famílias de Boston,kkkkk.
    Um abração com muito humor e carinho amiga.
    Beijo

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